sábado, 13 de novembro de 2010

A amizade se encarrega

A amizade se encarrega!
Uma amizade perfeita, em que nem uma separação pode acabar com ela, quantas foram às vezes em que estava eu mexendo no meu computador, e chegava o melhor cunhado do mundo para tocar um Raimundos, ou até mesmo mamonas assassinas. São incontáveis às vezes em que o meu cunhado do peito sentava ao meu lado pra me ajudar a dar ideias nas menininhas.
Se tem uma pessoa em quem eu posso confiar e contar qualquer coisa, é ele, a pessoa que sempre tem uma piadinha pronta, sempre uma grande piada em que eu fico pelo menos 5 minutos pensando e rindo, essa mesma pessoa me levou para uma das melhores experiência da minha vida,andar de kart! Esse com certeza um dos meus melhores dias, na corrida não fiquei entre os três primeiros, nem entre os cinco primeiros, e muito menos entre os DEZ Primeiros, me sinto envergonhado em dizer isso, se não me engano fiquei em 16º...
Lembro que nós jogávamos Counter-Strike e eu quase sempre perdia, nós também jogamos alguns outros jogos em que ele era melhor do que eu. Por ser melhor do que eu tanto em jogos quanto em experiência na vida, eu o tinha como exemplo, como minha maior influencia principalmente em questão de musicas.
Essa pessoa me fez dar muita risada, com certeza foi meus melhores “dois” anos em que o melhor cunhado do mundo esteve visitando minha casa frequentemente e deixando aqui em casa com uma vibe muito boa!
Bruno Galiza, eu vou estar sempre com você mano, do mesmo jeito que você me disse que sempre vai estar comigo. E pode crer que agente ainda vai ter uma banda cover de Raimundos!

@leeozera

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Ursinho e o bolas-velhas

Outro dia estava fazendo aquelas famosas reflexões sobre meu passado, e descobri algo muito intrigante: Eu só tenho amigo FDP. Tá, nem todos são FDP, deve ter um ou dois que não são. De cabeça assim não vou lembrar o nome dele, mas que deve ter um, isso deve ter.

Enfim, apesar de serem meus amigos, e de eu gostar demais deles, tenho que confessar que todos foram sacanas comigo em algum momento da minha vida. Tudo bem que isso é normal numa relação de amigos, e se você perguntar pra eles, provavelmente eu também já fui FDP em algum momento. Mas o que me intriga é que geralmente sou passado pra trás por eles em um só assunto. É praticamente um mono-tema: MULHER!

Sem precisar refletir muito, lembro de uma história muito marcante: O ursinho de pelúcia.

Bem, essa história foi em relação à primeira menina que me apaixonei. Ela era linda, simpática, sorridente. Eu me apaixonei de primeira, mesmo com meus 14 ou 15 anos, eu era apaixonado de verdade por ela. Depois de uns meses de paixão escondida (somente dela, pois os safados dos meus amigos bem que sabiam que eu era maluco por ela), resolvi tomar uma atitude, e no aniversário dela, resolvi que ia dar um presente.

Passei uns três meses juntando todo tipo de dinheiro possível. Troco da padaria que implorava para minha mãe me dar, dinheiro do meu aniversário que ganhei dos meus avôs, moeda que achava na rua. Foram meses nesse objetivo até que depois de muito esforço, juntei R$ 50,00. Você deve ter achado pouco, mas sabe o que é isso pra um moleque de 14 ou 15 anos? Era uma fortuna.

Enfim chegou o aniversário dela, e fui comprar o presente. Fui ao centro da cidade, e depois de muito andar, me deparei com um presente perfeito: Um ursinho (panda) de pelúcia. Era a cara dela. Juntando o presente, o cartão e a embalagem, gastei toda a grana, e tive que voltar a pé pra casa, pois foi até o dinheiro do ônibus.

Esperei a noite chegar, era uma quinta, dia de missa. Assim que ela chegou à igreja, fui logo dando o presente e um abraço. Para minha surpresa ninguém lembrava que era aniversário dela alem de mim, e só foram dar os parabéns quando viram minha reação. Ficamos lá um pouco, com todo mundo fingindo que sabia que era aniversário dela, e eu morrendo de raiva. Chegou à hora da missa, e eu tive que sair, para tocar.

Ela ficou lá com meus amigos. Conversando, e eu sabia que tinha algo estranho. Após a missa, meu amigo me chamou de lado e me disse que, devido ao apelido dele ser panda quando ele era criança, e ele ter contado isso inocentemente a ela, a mesma deu o nome dele ao urso. Até ai tudo bem, ele, como um dos amigos mais próximo que eu tinha, não iria se aproveitar disso. Pobre engano meu. A história aproximou os dois, e duas semanas depois eles estavam namorando.

Graças à lei da “vida se encarrega”, meses depois ele foi trocado pelo Bolas-velhas. Um cara que todo mundo da minha turma odiava, devido à sacanagem que ele fez com esse meu amigo, mas que eu nutria certa simpatia escondida (hahahahaha).

Obrigado!

PS: Eu amo meus amigos. Eles não são 100% FDP. Só me enganam com relação a garotas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Negão e o gás

Quem já pegou o expresso leste no horário de pico, mais ou menos as 18:30 saberá bem do que estou falando. Quem nunca pegou, ou nem sabe o que é, eu tentarei explicar. É um trem maldito, no qual todas as pessoas do mundo resolvem ir para a Zona Leste de SP. O bagulho é tão apertado que acontece até rodízio de respiração: Primeiro respiram os passageiros que faz aniversário em dia par, depois os aniversariante em dia impar, pois é impossível todo mundo respirar junto.

Pois é, minha história começa ai, porem com um agravante, bem nesse dia, um trem quebrou na estação Tatuapé, e gerou caos no caos, mais ou menos dobrando a quantidade de aperto e pessoas na estação. Eu “sou embarcado” na estação Bras. Mas sou literalmente embarcado mesmo, é só soltar o corpo e ir pra galera, quando você menos espera, está lá dentro do trem. De vez em quando, acontece de um aparecer sentado no colo de alguém, e gera certa confusão e tals.

Acontece que nesse dia, depois da muvuca² da entrada no trem, eu fui parar atrás de um negão encoxando o fulano. Mas tipo, eu não tava só encoxando o cara. Eu tava encoxando MUITO, literalmente encaixado, era uma coisa absurda. Nessa situação, eu pensei: Modos horríveis os meus, e tentei aliviar pro cara. Fiz um esforço danado, e dei uma quebrada na cintura para o lado esquerdo, que mais parecia a de uma dançarina de axé. Eu ia ficar quebradão, com dor na coluna, mas pelo menos evitaria uma briga.

Acontece que o cara veio junto comigo. Isso mesmo, o cara acompanhou o movimento do meu quadril com a bunda. Até aí normal, poderia ter sido sem intenção. Então realizei o mesmo movimento para o outro lado. Para a minha surpresa, o negão veio junto outra vez. PORRA, aquilo era surreal, então fiz um esforço enorme e quebrei meu quadril para trás, me mantendo na ponta dos pés. E para a minha imensa revolta, o cara arrebitou a bunda. Não tive dúvida, O CARA ERA VIADO. Nada contra gays, mas se aproveitar de mim naquela lata de sardinha era sacanagem.

Foi aí que olhei para baixo, e reparei que a fivela do meu cinto estava enroscada no passador da calça do cara. É, isso mesmo que você leu. Eu tava enroscado no cara, e por isso que ele tava indo de um lado para o outro comigo. Eu fiquei lá, sem reação, quando ele olhou pra trás muito bravo e falou com voz MUITO nervosa:

- Que é essa porra ai mano?
- É que meu cinto enroscou na sua calça (morrendo de medo).
- Então tira essa porra daí.

Eu desenrosquei o mais rápido que consegui, e me virei o quanto pude. A galera do lado ficou lá, segurando o riso durante alguns segundo, e eu só queria morrer. Se o trem explodisse àquela hora, seria um alívio. Foi aí que ouvi uma tosse. Você já deve ter presenciado essas tosses coletivas, quando uma pessoa tosse, e todo mundo sei lá porque, começa a tossir junto, na mesma sintonia.

Eu acho isso uma baita de uma babaquice. Mas estava acontecendo, fiquei lá por segundos, com vontade de xingar todo mundo, até meus olhos começarem a arder, e minha garganta arranhar muito. Era quase incontrolável, mas eu não ia entrar naquele costume babaca.

Foi quando eu percebi uma movimentação estranha, e a galera apontando para a porta. Quando olhei, descobri que a mangueirinha da porta pneumática tinha escapado, e estava soltando um gás dentro do vagão, daí o motivo da tosse coletiva. Nisso a galera comeóu a ficar desesperada, e como o trem estava chegando ao Tatuapé, todo mundo queria descer.

Só que como eu tinha dito, havia um trem quebrado no Tatuapé, e a plataforma estava cheia de gente querendo entrar. Quando a porta abriu, foi a maior confusão que eu já vi na minha vida. Parecia uma guerra: Milhares de pessoas querendo descer (inclusive eu) e outras milhares querendo entrar, num duelo épico. Não demorou muito, a porta fechou, e eu não tinha conseguido descer. Só que naquela confusão toda, adivinhem onde eu estava? Sim, isso mesmo, atrás do negão outra vez. Nisso, ele olhou para trás e falou nervoso:

- AÍ MANO, NÃO TEM NADA ENROSCADO DESSA VEZ NÃO NÉ?

Obrigado!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O pior encontro do mundo – Parte II

Como vocês leram aqui, depois de quase atropelar o mendigo, consegui chegar à rua do barzinho, passei na frente do lugar e fui parar o carro em algum estacionamento. Passei em um bem perto: LOTADO, em um segundo: LOTADO, terceiro e quartos: LOTADOS.

Daí eu tive a excelente idéia de dar a volta e começar no inicio da rua. Fiz a volta e parei na avenida liberdade. Mas era sexta-feira, e essa maldita rua é tomada pelos malditos estudantes bêbados que param o maldito transito. Nessa rua fiquei coisa de 40 minutos para andar uns 500 metros. Eu não conseguia me mexer. Estranhei que ela estava cada vez mais calada, então olhei para o lado e a observei melhor. Ela estava com uma cor amarelada, e com uma cara de zonza. Pra vocês entenderem, ela não tinha jantado, e já passava das onze, então ela começou a PASSAR MAL DE FOME. Sim, isso mesmo, ela estava passando mal. Eu olhei pra ela e ela me disse pra pararmos em qualquer lugar pra comer, e deixar o barzinho pra outro dia.

Eu não acreditava que aquilo tava acontecendo, e tentei arrumar um caminho entrando em qualquer rua. Nesses desvios, caí na Rua da Glória, quase na frente do barzinho. Por incrível que pareça, tive a impressão que minha sorte havia voltado. Parei o carro no Valet, e entramos no barzinho. Não tinha mesa para dois, então fomos levados a uma mesa para cinco. Sabe aquelas mesas enormes e redondas? Mas tudo bem, pelo menos estávamos lá, e pedi o cardápio.

Era um barzinho japonês, com comida japonesa. Foi ai que eu me lembrei de perguntar se ela gostava de comida japonesa. Claro que ela não gostava.

Então pedimos a única coisa que não era japonesa: Uns espetinhos. O dela era de carne. Quando chegou, tinha um aspecto horrível, cheio de gordura e tals. Ela comeu como se fosse a coisa mais gostosa de todos os tempos. Ficamos ali meio sem assunto, conversando sobre futilidades. Em coisa de 40 minutos fomos embora, e nem jogamos o maldito snooker.

Na hora de ir embora, eu paguei no cartão, e quando fui pegar o dinheiro para pagar o estacionamento, eu percebi que tinha deixado R$ 70,00 no console do carro. Então tive que pedir dinheiro pra ela para pagar. Quando o carro chegou, é claro que o dinheiro não estava lá. Alem de mentiroso e atrapalhado, agora ela me achava um babaca miserável.

Fomos embora para Diadema, e é obvio que me perdi de novo. Mas chegamos. Confesso que foram os 40 minutos dirigindo um carro mais desconfortáveis da minha vida. Eu só queria deixar ela em casa logo, e ir pra minha casa. Chegamos na casa dela, e deixei ela lá. Ela deu aquele sorrisinho amarelo, dizendo: Outro dia marcamos o bilhar (eu entendi a mensagem real: Esse foi o pior encontro da minha vida, nunca mais quero te ver). Me explicou o caminho de volta, e eu fui embora.

Até hoje, não entendi no que errei, só sei que fiz o que ela tinha falado, mas não deu certo. Eu estava perdido em Diadema as 02:00 da manhã, sozinho, com medo, e desesperado. Fiquei lá, rodando a cidade inteira, seguindo as placas que não davam em lugar algum, olhando para as poucas figuras mal-encaradas me observando. Depois de meia hora, avistei um carro de policia e buzinei desesperadamente.

Quando cheguei perto, abri a porta e perguntei como fazia pra chegar em São Paulo. O Policial me perguntou se eu conhecia alguma coisa de Diadema, e eu respondi que não. Então ele me falou:
- Cara, então segue a gente. Se a gente te largar por aqui você vai ser assaltado.

Como assim ser assaltado? Eu tava rodando por ali fazia meia hora. Mas pelo menos eu estava a salvo. Fui escoltado pra fora de Diadema, e sem exagero, demorei 15 minutos para chegar na estrada. E nesse caminho, passei numas quebradas, que acho que até os policiais estavam com medo.

E assim terminou minha noite perfeita. Escoltado pela policia, R$ 70,00 mais pobre, envergonhado, com o vidro quebrado e desiludido. Foi ou não foi o pior encontro do mundo?

Obrigado.

sábado, 28 de agosto de 2010

O pior encontro do mundo – Parte I

Bom, deixa eu começar a contar os casos de azar de verdade. Como já falei em outros posts, perdi a namorada esse ano, e fiquei triste com essa situação. Meus amigos decidiram me ajudar, e me apresentaram umas garotas (eu também me inscrevi no ParPerfeito.com, mas isso é uma história pra um outro post, hahaha).

Umas delas, me pareceu bem interessante. Conversamos por MSN por mais de um mês, e o papo fluía. Depois peguei o telefone, e um dia marcamos de sair. Iríamos jogar snooker, e eu teria que decidir o lugar. Claro que eu escolhi um que nunca tinha ido antes, porque eu não jogo isso, sou o pior jogador de bilhar do mundo, aqui onde eu moro, eles denominaram aquelas jogadas em que o taco espirra, como JB (Jogada Bruno). Mas tudo bem, era só um pretexto para um encontro.

Sabendo do meu histórico, segui toda cartilha certinha para não me perder. Olhei a rota no google maps, procurei no GPS, perguntei para amigos, planejei a rota. Estava totalmente preparado. Porem, quando fiquei sabendo o lugar que iria pega-la, já comecei a ficar preocupado: Diadema – Isso mesmo que você leu, DIADEMA. Poxa, eu não tenho nada contra, (moro em um lugar que é bem mais quebrada que Diadema), só que eu nunca estive PERTO de Diadema.

Então chegou a sexta feira. Coloquei aquela roupitcha bonita especial para encontros, e ia estrear meu adidas novinho, só para impressionar. Mandei até lavar meu carro com cera, coisa rara, quem me conhece sabe (hahaha). Marcamos em um supermercado perto da casa dela, e eu, sabendo que ia me perder para chegar, saí com mais de uma hora e meia de antecedência. Claro que me perdi para chegar, mas como tinha tempo, tive que esperar mais uma hora depois que consegui chegar no tal supermercado.

Aproveitei que estava lá, e fui fazer compras (Halls, lenço de papel, etc) e dar aquela passada no banheiro. Quando voltei ao carro, fui abrir o vidro (elétrico), e ele não me obedeceu. Não entrei em desespero, porque o do lado do passageiro abria, e o máximo que iria acontecer era EU passar calor. Então liguei pra ela, que falou que ainda iria demorar meia hora. Assim que acabei de desligar o cel, dei uma conferida no vidro do passageiro de novo, e é claro que ele não estava mais funcionando.

Ainda não entrei em desespero, ela ia entender. Acontece toda hora com esses equipamentos elétricos, é normal, com certeza ela ia entender. Fiquei lá nessa dúvida mais uns minutos, pra fora do carro, porque estava o inferno de calor lá dentro. Então ela chegou.

Putz, ela era gata, mais do que eu esperava. Isso me deixou preocupado, pois agora a pressão aumentava, eu ia ter que ser “o cara” para marcar ponto. Dessa forma, assim que ela chegou, tentei explicar o que tinha acontecido com o vidro, ela achou estranho, mas fez uma cara compreensiva, e isso me deixou mais confortável. Confortável, até tentar sair do supermercado, quando tive que abrir a porta para colocar papelzinho na maquina da cancela.

Ela me perguntou aonde iríamos, e eu falei que era num barzinho na liberdade, perto da 23 de maio. Ela achou longe, mas foi simpática, só perguntou se eu conhecia bem o caminho, e é claro que eu respondi que era fácil. Quando entramos no elevado, é claro que eu errei a entrada e me perdi. Acabamos na consolação, e eu tentava manter o ar de confiança e calma, mesmo não fazendo a mínima idéia de onde estava.

Liguei o GPS, e o óbvio aconteceu: Ele não funcionou. Nisso, ela já demonstrava certa impaciência, e ficamos ali rodando no centro de SP por coisa de uma meia hora. Então tive a idéia de parar num posto de gasolina e pedir informação, pois pedir informação para um taxista do próprio carro, como sempre faço, estava descartado, já que o vidro não baixava.

Pedi a informação. Estava relativamente próximo. Entrei no carro e fui dar ré, mas fui parado com um grito estridente:
-OLHA O HOOOOOOOOOOOOOMEM!

Sim, eu quase atropelei um mendigo dando ré, e ela gritou. Nessa hora ela já estava MUITO irritada. Eu já tava com vontade de chorar. Sair do carro correndo, ir pra longe, fugir dalí. Aposto que ela também. Mas ainda era só o começo da noite. Mas vou ficando por aqui, por enquanto, mais pra frente posto o resto do pior encontro do mundo.

Obrigado.


Continua...

sábado, 21 de agosto de 2010

Nome - A origem.

Você deve estar se perguntando que raio de nome do blog é esse. Ou talvez nem prestou atenção. Bom, antes de tudo, preciso contextualizar: Eu sou do tipo bonzinho com as mulheres. Sabe, o babaca, amigão, que elas exploram? Sou ele mesmo. Mas uma vez, UMA ÚNICA VEZ, eu fui canalha. Tá, fui bem canalha.

E, depois de terminar com minha ex, resolvi me desculpar com essa menina. Bateu aquele velho arrependimento das coisas erradas, que precisam ser consertadas. Afinal, será que não era exatamente isso que tinha aumentado minha má sorte? Será que a história do tigre não tinha sido engano, e na verdade só estava pagando pelo mal que eu fiz? Tudo bem, que o castigo seria desproporcional, pois desde muito molequinho já me achava azarado.

Quando molequinho, morava em uma casa com escada, e caia com tanta freqüência que comecei a brincar com um capacete branco na cabeça, que me salvou de alguns machucados mais graves. Aliás, a sorte brinca muito comigo, pois meus lances de azar, nunca são tão graves. São coisas simples, que não fazem as pessoas perceberem isso com certa facilidade. Tanto que é meus pais me acham um cara sortudo até hoje. Se percebessem o quanto eu era azarado, teriam colocado almofadas na escada, ou uma grade, sei lá.

Mas voltando ao pedido de desculpas, fiquei por dias pensando como faze-lo, de forma segura, em que um tiro no pinto estaria fora das possibilidades reais. Então usei a velha tática do bundão que não tem coragem de chegar na lata da menina e pedir desculpa: MSN.

Dei um jeito de adicionar ela no MSN sem ser excluído ou ignorado, e tentei a tática de aproximação. Sempre com aquele papinho escroto (Oi, quanto tempo, né?), e as piadinhas marotas (Nossa, eu to bem, não tão bem quanto você, é claro). Daí mandei logo, o diálogo foi mais ou menos assim:

EU: Então, eu te adicionei para pedir desculpas. Hoje eu sei o quanto fui um idiota, e me arrependo e me envergonho demais disso. Quero me retratar, e acho que você tem o direito de me castigar, antes de me perdoar. Pensei em algumas opções: Depilação de uma das pernas, ou um chute no saco, sei lá (Engraçadão, como sempre).
ELA: Não vou fazer nada não. A VIDA SE ENCARREGA DISSO!
EU: ... oO ...

Fiquei completamente sem reposta. Como assim a vida se encarrega disso? Ela já tem feito exatamente isso a muito tempo. Se existisse algum medidor de “SE FUDEU”, eu teria lá em cima a vários anos.

Enfim, mereci. E tá explicado o nome do blog. A vida se encarrega, e realmente tem se encarregado.

Obrigado!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Prelúdio - O Ano do tigre

Eu sempre fui um cara azarado. Tá bom, eu sempre fui um cara MUITO azarado. Meus amigos costumavam brincar com isso constantemente, e de certa forma, eu aprendi a lidar com esse “azar”.

Os próximos posts descreverão os diversos fatos que corroboram minha tese (e a de muitos amigos) de que eu sou o cara mais azarado do Mundo. Talvez não do mundo, mas com certeza estou classificado mundialmente.

O problema, é que esse azar tem aumentado exponencialmente nesse ano. E tudo se deve, a meu ver, ao fato de eu ter sido convencido que esse era o ano do troco no azar, que esse era o ano da sorte. O ano em que eu ia provar para mim e para todos que esse negócio de azarado não era verdade.

A grande questão é: Por que acreditei nisso? Bem, tudo é culpa de um amigo meu. Ele acredita nesses negócios de signo chinês, e o meu é tigre. Esse ano é o ano do tigre, e segundo a cultura chinesa, seria um ano de extrema sorte, abundância de coisas boas, prosperidade, etc.

Eu nunca acreditei nessas coisas. Nem sem signo, nem signo chinês, nem signo do caralho-a-quatro. Achava a maior babaquice, pois várias vezes fui ler o meu, que é peixes, e o signo dizia coisas do tipo: Hoje é um dia propício a conquistas, realizações e blá blá blá. E aquele dia acabava sendo um dia de merda.

Daí sempre tinha aquele babaca que olhava para mim e falava que pensamento positivo atraia coisas boas. Mas porra, eu sou muito otimista. Se fosse um pouco pessimista, só um pouquinho, já estaria morto a essas horas. Provavelmente teria “caído” de uma ponte. Pensando melhor, não estaria morto não, o azar não teria deixado. Mas eu sempre acreditei que as coisas iam dar certo, e que isso de azar era só uma fase. Uma fase de mais de 20 anos, mas só uma fase. E mesmo assim, o azar não me largava.

Voltando ao maldito signo chinês. Esse meu amigo conseguiu me convencer, ainda não sei como, que esse ano seria muito bom para mim. Eu acreditei nisso, e fiz vários planos. Veja só, antes do início do tal signo chinês, eu tinha uma namorada que amava e que eu pensava que me amava. Tinha um emprego do qual eu fazia coisas empolgantes numa grande empresa, e várias outras coisas que faziam minha vida bem feliz.

Só para vocês estarem no contexto, eu ia casar, comprei o apartamento, estava planejando os móveis, o orçamento destinado, trocar de carro. No emprego, planejei toda uma formação focada para os objetvos da empresa, os quais eu adorava.

Vou descrever isso melhor em posts futuros, mas para resumir a situação hoje, bem no meio do “meu ano chinês”: Perdi a namorada, todo planejamento financeiro para pagar o apartamento foi para o saco, pois incluía a ex. No emprego, a empresa que eu trabalho foi vendida, e o foco mudou, meu planejamento foi pro saco também.

Tá, eu sei que parece pouco, e que você que não me conhece deve estar achando que eu não sou tão azarado assim. Mas acredite, você vai mudar sua opinião quando ler outros posts, em que descreverei com detalhes as situações diárias que eu vivo.

Por enquanto, só queria deixar um recado para o inventor do signo chinês, e dos demais signos. Este recado pode se estender a todos que acreditam no tal pensamento positivo:

VAI SE FUDER, SIGNO CHINES DE CÚ É ROLA, PENSAMENTO POSITIVO É O CARALHO. PLANETAS ALINHADOS É O TÓBA MAL-CHEIROSO DA MÃE DO FILHO DA PUTA QUE INVENTOU ISSO.

Obrigado.